NOTA: Este é um blog de opinião, não de noticias. Portanto tudo aquilo que for escrito, embora fundamentado em dados, noticias ou informação verídica, não é imparcial. E também não é uma verdade absoluta, é apenas uma opinião critica, portanto não deve ser vista com tal. Fica a dica.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mr. Nice Guy

Cena do filme "The Graduate" ("A Primeira Noite de um homem" no Brasil), com Dustin Hoffman
Uma das lições mais cruéis que a vida tenta me ensinar e eu me recuso a aprender é que você não pode ser por todos, tem que ser por um. Se você ajuda poucos, menos ainda vão reconhecer, alguns vão te odiar e muitos te chamarão de hipócrita, duas caras... Mas se você for por todos, a probabilidade ser conhecido como idiota e não ser reconhecido por ninguém é superior. Isso é frustrante.

Na nossa sociedade, a bondade é subestimada e menosprezada.

Ser o Mr. Nice Guy, sempre tendo suas qualidades associadas a ingenuidade e pessoas explorando a sua boa vontade. Mas não adianta. Algumas pessoas não são alimentadas por dinheiro, por presentes caros, roupas de marca ou notas altas. Para alguns o alimento é da alma: com licença, obrigado, um sorriso. Mas o Mr. Nice guy será eternamente o ingênuo explorado, desprovido de pensamento crítico e poder de mudança... ou é o que parece.

Mas os Mr. Nice Guys procuram um combustível que está em falta no mercado. Eles estão sempre sem gás. Correm sem gasolina e concertam o motor múltiplas vezes. E de tanto consertar o motor, um dia eles descobrem a energia solar.

Caras legais sempre chegam por ultimo
E quando você for dispensado
Não dê tapinhas nas próprias costas
Você vai acabar quebrando a coluna ( Nice guys finish last - Green Day)

(texto originalmente escrito para Facebook)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

[Resenha] Battlestar Galactica [2003 - 2009]

"Tudo isso aconteceu uma vez e acontecerá novamente"


Quando a humanidade ultrapassa os limites da ambição e da tecnologia. Quando as maquinas transcendem os limites da humanidade e se elevam em relação a seus criadores tudo que resta é a fuga. Esse é o conceito mais básico, e a espinha dorsal de Battlestar Galactica (2003 - 2009). É também o esqueleto de dezenas de dezenas de livros, franquias cinematográfica e outras sérias de TV. Mas afinal, o que diferencia Battlestar Galactica dessas outras dezenas de séries e franquias?

É uma jornada sensacional de 73 episódios, em quatro temporadas. Tem alta complexidade, consegue cumprir em todas as temporadas o papel de equilibrar a ação e reflexão. Eu mergulhei nesse mundo, não esperando muito. E em vez de uma praia, dei de cara com o abissal de um oceano pacífico. Pensei em escrever essa resenha após terminar a primeira temporada. Mas quando terminei cheguei a conclusão que seria melhor escrever somente após ver tudo.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Pensando sobre #1

Windows Phone: obrigado Android, mas eu gostei daqui

Recentemente eu comprei um Nokia Lumia 520, o que é bem estranho porque usualmente eu sou um "fã-boy" da Apple que usa android porque não pode ter um Iphone... ou Ipad... ou Macbook (sonho de consumo). E como todo seguidor da maçã que se preze, eu não gosto do Windows. Atualmente meu PC tem Windows 7 porque me recusei a instalar o mais atual, a nova interface pesou nessa escolha. Se eu já me irritava com o Windows 7 e os comentários sobre o Windows 8 não eram bons, o Windows Phone 7.5 que nascia junto não poderia vingar. Por isso me recusei terminantemente a conhecer os SO's. 

De alguns meses para cá minha opinião tem mudado, o SO para PC's ainda não me passa confiança, mas WP 8.0 - evolução do 7.5 presente nos aparelhos da família Nokia Lumia me surpreendeu positivamente.
Antes do novíssimo Lumia 520 eu usava um LG Optimus L3 com Android Gingerbread 2.3 que travava bastante e, principalmente, tinha problemas de gerenciamento de memória, o que me impediu incontáveis vezes de adicionar novos contatos ou até enviar SMS. Também uso um Galaxy Note 8.0 (tablet) com a versão 4.2 do SO da Google e sua, muito útil, caneta S Pen, que tem a qualidade de escrita mais precisa que experimentei até hoje. Além disso, tive contato com alguns outros aparelhos top de linha, posso dizer que convivi bastante com os dispositivos moveis. Mas vamos ao que interessa, o Windows Phone.

Windows Phone é a aposta da Microsoft no ramo de celulares inteligentes e chegou bastante atrasado ao mercado, quase três anos após o android. Por esse motivo, muitos problemas e boatos negativos surgiram junto: instabilidade, travamentos, poucos recursos e aplicativos e, obviamente: era windows, que não era muito afamado desde o fracassado Windows Vista e sua suposta evolução, o não tão compreendido Windows 8. Numa certa entrevista, Bill Gates disse que talvez a maior besteira dele tenha sido apostar em sistemas operacionais abertos, que não rodam especialmente bem em nenhuma maquina específica, Jobs concordou com ele. Gates disse que talvez entrasse no negócio. Não tenho certeza, mas acho que ele realmente se inspirou durante esse tempo. E foi mais esperto que a Apple. Se tornou parceiro da finlandesa Nokia, cuja reputação vem de aparelhos móveis parrudos e duradouros. Fabricou um SO inteligente, fluido e bonito que certamente tinha algumas limitações na versão 7.5 e ainda tem algumas na versão 8.0, mas bastante produtivo. 

 A Samsung também fabricou aparelhos com WP, mas ninguém lembra deles graças a família Lumia. Meu 520 é o mais simples de todos, com sua memória de 512mB, processador de dual core de 1 GHz, memória interna de 8gB e câmera de 5 megapixels sem flash. Parece um mau negócio? Pense duas vezes, ele custa 450 reais. E depois de usar, percebi que tinha um desempenho que rivalizava com muitos androids top e mids que já mexi, isso graças ao hardwere competente da Nokia. Alem disso, para mim que buscava um smartphone realmente inteligente, que fosse simples e funcional e não me desse dor de cabeça, a linha Lúmia caiu como uma luva: não é tão personalizável, mas é bastante funcional e fácil de manusear: em poucas horas eu já estava acostumado com sua construção e navegação. Com as Live Tiles, quadrados e retângulos animados, a tela inicial se torna uma grade central de notificações ao mesmo tempo que é hall principal de aplicativos, onde todos os app são personalizados e harmonizam com aparelho, diferente do android, uma explosão de cores, tamanhos e interfaces onde o grande trunfo é a personalização. Para os acostumados a utra-personalização dos androids essa interface minimalista não é tão atraente, mas para pessoas como eu que buscam exclusivamente funcionalidade, e nem se importam tanto com o visual(1 mês com meu tablet e ele ainda mantinha a tela inicial padrão, o mesmo vale para o Desktop), é ótimo. A Nokia também contribui muito desenvolvendo apps para suprir os gaps do WP não solucionados pela Microsoft. Como se não bastasse, para facilitar ainda mais a vida do usuário, as telas são ultra-sensíveis, consigo executar todas as ações sem nem ao menos tocar os dedos no aparelho. 

Estou satisfeito com a migração. Se pudesse, compraria o Lumia 1020 sem medo. Obrigado android, foi bom enquanto durou, mas gostei daqui e não pretendo sair tão cedo.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Caprica: Uma vez e mais outra, e denovo

Uma decepção sobre a audiência das produções de Sci-Fi

Eu estou começando a ter um sério problema com a maquina televisiva/cinematográfica americana (e dessa vez falo dos dois hemisférios). Acabo de descobrir que a série Caprica, que estou assistindo, nunca foi planejada para ter apenas uma temporada e foi cancelada antes de ter os episódios devidamente exibidos. Vale comentar que o próprio canal que veiculava a Caprica admitiu que, apesar de ser um produto de obvia qualidade (e não mente), não podia ir adiante por falta de audiência. Isso foi a três anos e ainda lembro a época que eu tinha o canal Syfy e via as chamadas, mas nunca pude assistir. Quanto mais pesquiso sobre séries, especialmente sci-fi, mais percebo que ou a maioria das pessoas tem preguiça de pensar, inclusive muitos fãs deste gênero, ou simplesmente tem mau gosto. Estou cansado dessas ficções estilo Transformers que se resumem a destruição de coisas e filosofia de frases feitas.

De vez em quando se produz algo bom, como Matrix, e a indústria resolve ferrar com isso fazendo continuações desnecessárias e insossas. Já as séries nem vou comentar, quantas séries genuinamente criativas e bem construídas foram, literalmente, propositalmente destruídas ou desmoralizadas apenas por serem deveras preenchidas para o espectador ordinário de cérebro ocioso, como Firefly, que teve os episódios exibidos fora de ordem e a produção cancelada sem nem ao menos um season finale? E porque tantas outras nada incomuns que nada trazem de novo perduram? Não vou citar títulos, afinal, uma escolha "inteligente" (infinitas aspas) é dita bom gosto, mas uma escolha ruim é apenas "gosto pessoal" (mais aspas ainda).

Uma vez acreditei que Ficção cientifica era muito mais do que fantasia. Na Sci-Fi não tentamos resgatar os ideais de honra e moralidade medievais ou recriar a figura do guerreiro honrado, temente e bem intencionado guiado pelo bem maior. Aqui fala-se do que nós estamos para criar, do que nos estamos para ser, do que somos, do que sempre seremos, e do que ainda vamos ser se continuarmos vivendo como vivemos. Há quem diga que no fundo é a mesma coisa. Discordo, pois há muito mais questões existencialistas além de "o que somos e para onde estamos indo" ou "o que há depois da morte". Existe um lado do futuro que nós sempre negamos. Há um desejo utópico humano de negar as consequências de nossa própria natureza, e a inabilidade de lidar com essa ferida está destruindo qualquer reflexão consistente sobre o futuro do que criamos hoje, tecnológica, social e moralmente.

Muito mais do que falar do que não devemos ser, ficção-cientifica fala do que provavelmente somos e do que não pretendemos ser. Está faltando um pouco disso nas produções ultimamente. Apesar disso, a parte mais triste não é a ausência de boas séries, mas a baixa audiência a elas sempre que aparecem.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Permaneça faminto, permaneça tolo

Devaneios de um 2013 estranhamente nostálgico


Todo ano todo mundo faz uma mensagem de "Feliz Ano Novo". Todo ano escrevemos textos enormes, não todos nós, mas algumas muitas pessoas. Mensagens emotivas, lindas, sobre como o ano foi incrível, agradecemos a tudo e a todos, e felicitamos e congratulamos a tudo e a todos. A nós mesmos? Reservamos um "obrigado (insira aqui o ano) por me proporcionar (insira aqui momento/aprendizado)". Quer dizer então que agradecemos ao ano? Seria melhor agradecer a Deus, porque pelo menos acreditamos (não todas as pessoas) que Deus é uma entidade consciente... diferente da ideia de ano - que é puramente tempo... física.

Algumas pessoas, certamente, continuam a escrever essas mensagens (porque é "tradição da época) mas, diferente do resto, elas também, principalmente, congratulam a si mesmas por fazerem diferente. Por mudarem, por buscarem mais, por se desafiarem e por crescer. Essas pessoas sabem que elas foram a diferença e não o ano. E dizer isso é tão clichê quanto uma imagem compartilhada no Facebook, a qual é verdadeira e é clichê e nós concordamos, mas apenas para os outros, raramente para si mesmos. É como outra frase clichê sobre os fins de ano: porque decidir mudar apenas no fim do ano, porque fazer um balanço na vida, apenas em Dezembro? Todo dia começa um novo ciclo! Então mude amanhã! Parece fácil não é? Lutar contra os medos e a passividade que nos cerca, lutar contra o conforto, o conformismo, a rotina. Mas algumas também muitas conseguem. A essas pessoas que são diferentes da maioria ( maioria em que descaradamente me incluo) reservo a minha admiração.

E também um profundo desejo de me incluir neste seleto grupo, o grupo dos empreendedores da vida. 
Os que sabem viver bem e de verdade. É por isso que dessa vez, diferente dos anos anteriores onde desejei a mudança e a força para todos, vou escrever sobre o que aprendi em 2013. Fazer o meu balanço em palavras encadeadas que formam textos e parágrafos enquanto escuto, continua e repetidamente a música "Johnny B. Goode" do Chuck Berry, atualmente um dos meus cantores mortos prediletos (não que existam muitos cantores vivos que me toquem o coração). No fim das contas, como todos os anos, tenho que admitir que o ano está acabando. Mas que nostalgia é essa que já sinto de 2013?

sexta-feira, 8 de março de 2013

Livros são como mulheres - Feliz Dia da Mulher.



Livros são como mulheres, nós quase sempre pegamos pela capa, antes de comprar lemos apenas as primeiras paginas. E, ao chegar, avaliamos com calma. Lemos e mergulhamos em seus mistérios, emoções, alegrias, tristezas. Existem os livros comuns, que relemos algumas vezes quando não temos outros. Existem os livros bons, que parecem incríveis, mas no fim enjoamos deles. Existem os livros ruins, que sentimos vontade de queimar, jogar fora e nunca mais ver. Existem ainda, porém, os livros maravilhosos: inesquecíveis, que lemos e relemos múltiplas vezes, porém, cada leitura é diferente. E a cada leitura encontramos algo para amar e nos impressionar. Esses livros são aqueles que não devem ficar empoeirados na estante. Devem ficar ao seu lado, não importa onde, seja nas mãos ou nos pensamentos. Esses livros devem ter um lugar especial no seu quarto e no seu coração. 
Livros maravilhosos são como mulheres maravilhosas. 
 - Heitor de Jesus (Riraymage)

E não se esqueçam, o grande leitor não lê inúmeros livros, lê bons livros inúmeras vezes, e a cada leitura, os compreende mais profundamente. Ainda sim, ele vê a literatura como uma dádiva por inteiro, sem desprezar a parte que desconhece.

Essa é minha pequena homenagem a mulher neste dia. Este é o dia que lembra todas as lutas da mulher para conquistar seu espaço, cada vez mais amplo, na sociedade.  A todas as mulheres batalhadoras, que cada vez mais conquistam seu espaço na sociedade nas mais diversas áreas da vivencia, seja profissional, pessoal ou qualquer outra; e cada vez mais evidenciam a sua supremacia - que já era conhecida por todos nós, caros admiradores.  Sem mais delongas e floreios; parabéns mulheres, vocês merecem!

Feliz Dia da Mulher!