NOTA: Este é um blog de opinião, não de noticias. Portanto tudo aquilo que for escrito, embora fundamentado em dados, noticias ou informação verídica, não é imparcial. E também não é uma verdade absoluta, é apenas uma opinião critica, portanto não deve ser vista com tal. Fica a dica.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Caprica: Uma vez e mais outra, e denovo

Uma decepção sobre a audiência das produções de Sci-Fi

Eu estou começando a ter um sério problema com a maquina televisiva/cinematográfica americana (e dessa vez falo dos dois hemisférios). Acabo de descobrir que a série Caprica, que estou assistindo, nunca foi planejada para ter apenas uma temporada e foi cancelada antes de ter os episódios devidamente exibidos. Vale comentar que o próprio canal que veiculava a Caprica admitiu que, apesar de ser um produto de obvia qualidade (e não mente), não podia ir adiante por falta de audiência. Isso foi a três anos e ainda lembro a época que eu tinha o canal Syfy e via as chamadas, mas nunca pude assistir. Quanto mais pesquiso sobre séries, especialmente sci-fi, mais percebo que ou a maioria das pessoas tem preguiça de pensar, inclusive muitos fãs deste gênero, ou simplesmente tem mau gosto. Estou cansado dessas ficções estilo Transformers que se resumem a destruição de coisas e filosofia de frases feitas.

De vez em quando se produz algo bom, como Matrix, e a indústria resolve ferrar com isso fazendo continuações desnecessárias e insossas. Já as séries nem vou comentar, quantas séries genuinamente criativas e bem construídas foram, literalmente, propositalmente destruídas ou desmoralizadas apenas por serem deveras preenchidas para o espectador ordinário de cérebro ocioso, como Firefly, que teve os episódios exibidos fora de ordem e a produção cancelada sem nem ao menos um season finale? E porque tantas outras nada incomuns que nada trazem de novo perduram? Não vou citar títulos, afinal, uma escolha "inteligente" (infinitas aspas) é dita bom gosto, mas uma escolha ruim é apenas "gosto pessoal" (mais aspas ainda).

Uma vez acreditei que Ficção cientifica era muito mais do que fantasia. Na Sci-Fi não tentamos resgatar os ideais de honra e moralidade medievais ou recriar a figura do guerreiro honrado, temente e bem intencionado guiado pelo bem maior. Aqui fala-se do que nós estamos para criar, do que nos estamos para ser, do que somos, do que sempre seremos, e do que ainda vamos ser se continuarmos vivendo como vivemos. Há quem diga que no fundo é a mesma coisa. Discordo, pois há muito mais questões existencialistas além de "o que somos e para onde estamos indo" ou "o que há depois da morte". Existe um lado do futuro que nós sempre negamos. Há um desejo utópico humano de negar as consequências de nossa própria natureza, e a inabilidade de lidar com essa ferida está destruindo qualquer reflexão consistente sobre o futuro do que criamos hoje, tecnológica, social e moralmente.

Muito mais do que falar do que não devemos ser, ficção-cientifica fala do que provavelmente somos e do que não pretendemos ser. Está faltando um pouco disso nas produções ultimamente. Apesar disso, a parte mais triste não é a ausência de boas séries, mas a baixa audiência a elas sempre que aparecem.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Permaneça faminto, permaneça tolo

Devaneios de um 2013 estranhamente nostálgico


Todo ano todo mundo faz uma mensagem de "Feliz Ano Novo". Todo ano escrevemos textos enormes, não todos nós, mas algumas muitas pessoas. Mensagens emotivas, lindas, sobre como o ano foi incrível, agradecemos a tudo e a todos, e felicitamos e congratulamos a tudo e a todos. A nós mesmos? Reservamos um "obrigado (insira aqui o ano) por me proporcionar (insira aqui momento/aprendizado)". Quer dizer então que agradecemos ao ano? Seria melhor agradecer a Deus, porque pelo menos acreditamos (não todas as pessoas) que Deus é uma entidade consciente... diferente da ideia de ano - que é puramente tempo... física.

Algumas pessoas, certamente, continuam a escrever essas mensagens (porque é "tradição da época) mas, diferente do resto, elas também, principalmente, congratulam a si mesmas por fazerem diferente. Por mudarem, por buscarem mais, por se desafiarem e por crescer. Essas pessoas sabem que elas foram a diferença e não o ano. E dizer isso é tão clichê quanto uma imagem compartilhada no Facebook, a qual é verdadeira e é clichê e nós concordamos, mas apenas para os outros, raramente para si mesmos. É como outra frase clichê sobre os fins de ano: porque decidir mudar apenas no fim do ano, porque fazer um balanço na vida, apenas em Dezembro? Todo dia começa um novo ciclo! Então mude amanhã! Parece fácil não é? Lutar contra os medos e a passividade que nos cerca, lutar contra o conforto, o conformismo, a rotina. Mas algumas também muitas conseguem. A essas pessoas que são diferentes da maioria ( maioria em que descaradamente me incluo) reservo a minha admiração.

E também um profundo desejo de me incluir neste seleto grupo, o grupo dos empreendedores da vida. 
Os que sabem viver bem e de verdade. É por isso que dessa vez, diferente dos anos anteriores onde desejei a mudança e a força para todos, vou escrever sobre o que aprendi em 2013. Fazer o meu balanço em palavras encadeadas que formam textos e parágrafos enquanto escuto, continua e repetidamente a música "Johnny B. Goode" do Chuck Berry, atualmente um dos meus cantores mortos prediletos (não que existam muitos cantores vivos que me toquem o coração). No fim das contas, como todos os anos, tenho que admitir que o ano está acabando. Mas que nostalgia é essa que já sinto de 2013?

sexta-feira, 8 de março de 2013

Livros são como mulheres - Feliz Dia da Mulher.



Livros são como mulheres, nós quase sempre pegamos pela capa, antes de comprar lemos apenas as primeiras paginas. E, ao chegar, avaliamos com calma. Lemos e mergulhamos em seus mistérios, emoções, alegrias, tristezas. Existem os livros comuns, que relemos algumas vezes quando não temos outros. Existem os livros bons, que parecem incríveis, mas no fim enjoamos deles. Existem os livros ruins, que sentimos vontade de queimar, jogar fora e nunca mais ver. Existem ainda, porém, os livros maravilhosos: inesquecíveis, que lemos e relemos múltiplas vezes, porém, cada leitura é diferente. E a cada leitura encontramos algo para amar e nos impressionar. Esses livros são aqueles que não devem ficar empoeirados na estante. Devem ficar ao seu lado, não importa onde, seja nas mãos ou nos pensamentos. Esses livros devem ter um lugar especial no seu quarto e no seu coração. 
Livros maravilhosos são como mulheres maravilhosas. 
 - Heitor de Jesus (Riraymage)

E não se esqueçam, o grande leitor não lê inúmeros livros, lê bons livros inúmeras vezes, e a cada leitura, os compreende mais profundamente. Ainda sim, ele vê a literatura como uma dádiva por inteiro, sem desprezar a parte que desconhece.

Essa é minha pequena homenagem a mulher neste dia. Este é o dia que lembra todas as lutas da mulher para conquistar seu espaço, cada vez mais amplo, na sociedade.  A todas as mulheres batalhadoras, que cada vez mais conquistam seu espaço na sociedade nas mais diversas áreas da vivencia, seja profissional, pessoal ou qualquer outra; e cada vez mais evidenciam a sua supremacia - que já era conhecida por todos nós, caros admiradores.  Sem mais delongas e floreios; parabéns mulheres, vocês merecem!

Feliz Dia da Mulher!

sexta-feira, 1 de março de 2013

ESPECIAL JOGOS VORAZES #1 O livro no cinema

Suzanne Collins é implacável em sua trilogia, e a Lionsgate não decepciona. Jogos Vorazes é um sucesso nas duas mídias.

Jogos Vorazes ( The Hunger Games) é o mais novo fenômeno literário a estampar posters para o cinema. Dessa vez com uma adaptação digna de um bom livro, e de uma boa produção; processo que se repetido trará bons lucros e fará muitas almas felizes. Afinal, se antes os "potterheads" enlouqueciam nos cinemas ao ver cada cena trasportada para tela, e piravam a cada passagem alterada, aqui a Lionsgate não decepciona. Jogo Vorazes, além de ser um bom livro, também deu origem a um filme que, acredito, satisfaz os fãs mais exigentes. Neste especial, farei minha análise sobre a trilogia, que acabei de ler, e também sobre suas adaptações cinematográficas, podendo conter eventuais spoilers. Esse primeiro post é sobre as adaptações para cinema. Se ainda não viu o primeiro filme ou leu o livro e pretende, sugiro que não leia a crítica antes de conferir você mesmo. Se não se importa com quaisquer revelações, siga em frente.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

[Resenha] Os Miseráveis (2012) - Um verdadeiro épico musical



Em tempos de marketing, blockbusters e palavras mal empregadas, surge um filme que honra o sentido da palavra épico como ela foi introduzida ao mundo. Os Miseráveis é esse filme. Nada de explosões nem efeitos especiais. Apenas a crua atuação, um bom roteiro e uma impecável direção: as únicas coisas que um filme deveria sempre exigir.

Os Miseráveis (Les Miserablés, no original), é a adaptação, não do livro de Victor Hugo, mas do musical baseado no mesmo, mais uma vez para o cinema. Para quem não sabe, existem outras, basta procurar no google. Já há tempo que as consagradas musicas da reprodução tradicional do musical existem. E este filme não as esqueceu. Mas dessa vez tudo foi gravado ao vivo, nada correção para melhorar voz dos personagens ou playback para eles cantarem e/ou fingirem que estão cantando, medida tomada para fortalecer o apelo emocional do filme e dar liberdade de atuação aos interpretes. Quase que todos os diálogos do filme são cantados, então se você não gosta de musicais passe longe, ou você pode ir e se surpreender.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

[Resenha] Lincoln (2012)


Lincoln é um filme bom. Não é excepcional, mas definitivamente ainda é bom. Afinal, é sempre uma criação que bebe do esmero de Steven Spielberg. Sobretudo esse filme, que é representa a realização de um sonho pessoal do diretor. O filme foi indicado a 12 categorias no Oscar, incluindo melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor ator, e melhor ator e atriz coadjuvantes. Apesar da qualidade, Lincoln não agrada a gregos e troianos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

[Resenha] As Aventuras de Pi


Algo precisa ser dito sobre Life of Pi (As aventuras de Pi, no Brasil); é um filme que merece ser visto por todo ser humano pelo menos uma vez na vida. Mais que isso, deveria ser visto. De preferência em 3D. Pois que nem mesmo a desastrosa maquina publicitária brasileira foi capaz de ofuscar o brilhantismo de Ang Lee, mais uma vez, e, é claro, de Yann Martel - que escreveu o livro que deu origem ao filme."Pi", é simples, simbolista e visualmente impecável.